Uma lua no céu apareceu
Cheia e branca; foi quando, emocionada
A mulher a meu lado estremeceu
E se entregou sem que eu dissesse nada.
Larguei-as pela jovem madrugada
Ambas cheias e brancas e sem véu
Perdida uma, a outra abandonada
Uma nua na terra, outra no céu.
Mas não partira delas; a mais louca
Apaixonou-me o pensamento; dei-o
Feliz - eu de amor pouco e vida pouca
Mas que tinha deixado em meu enleio
Um sorriso de carne em sua boca
Uma gota de leite no seu seio.
Seguidores
quarta-feira, 7 de julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
Vinícius de Moraes
AS BORBOLETAS
.
Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas
Borboletas brancas
São alegres e francas.
Borboletas azuis
Gostam muito de luz.
As amarelinhas
São tão bonitinhas!
E as pretas, então…
Oh, que escuridão!
.
Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas
Borboletas brancas
São alegres e francas.
Borboletas azuis
Gostam muito de luz.
As amarelinhas
São tão bonitinhas!
E as pretas, então…
Oh, que escuridão!
O CAVALINHO BRANCO
Cecília Meireles.
À tarde, o cavalinho branco
está muito cansado:
mas há um pedacinho do campo
onde é sempre feriado.
O cavalo sacode a crina
loura e comprida
e nas verdes ervas atira
sua branca vida.
Seu relincho estremece as raízes
e ele ensina aos ventos
a alegria de sentir livres
seus movimentos.
Trabalhou todo o dia, tanto!
desde a madrugada!
Descansa entre as flores, cavalinho branco,
de crina dourada!
Mulinha
ELOI BOCHECO
Lá vai a mulinha
pra bem distante
carregadinha
de barbante.
Chegou a mulinha
na feira da praça
Vendeu barbante,
comprou linhaça.
Lá vem a mulinha
sem vintém,
Deixou tudo
no armazém.
Lá vai a mulinha
pra bem distante
carregadinha
de barbante.
Chegou a mulinha
na feira da praça
Vendeu barbante,
comprou linhaça.
Lá vem a mulinha
sem vintém,
Deixou tudo
no armazém.
domingo, 4 de julho de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)